quarta-feira, 3 de abril de 2013

Garoto de 19 anos desenvolve mecanismo para limpar plástico dos oceanos em 5 anos

O estudante holandês de engenharia Boyan Slat desenvolvou uma máquina que pode ser capaz de remover mais de os mais 7 milhões de toneladas de plásticos dos oceanos.



A estrutura desenvolvida por Boyan, chamada de Ocean Cleanup Array, funcionaria como um gigantesco filtro, posicionado estrategicamente nos pontos de maior acúmulo de lixo, tem ângulos que fariam os plásticos boiarem diretamente pra dentro dela. Ali, o lixo seria separado dos plânctons e guardado para reciclagem.
De acordo com o site do jovem, levaria cinco anos para que o Ocean Cleanup Array limpasse os oceanos do lixo plástico, o que salvaria a vida de milhares de animais marinhos anualmente e diminuiria os níveis de poluição que acabam chegando ao nosso prato, no topo da cadeia. Ele acredita que o trabalho também pode aumentar a conscientização sobre o problema do lixo plástico nos oceanos e sobre a necessidade de reduzirmos o uso de embalagens plásticas.
O jovem promissor ganhou seu primeiro prêmio aos 14 anos, o de ‘Melhor Ideia do Sul da Holanda’, e entrou para o livro dos recordes na ocasião.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cientistas criam ‘água-viva robótica’ em projeto para monitorar oceanos

Cientistas da Virginia Tech (nome pelo qual é conhecida a Universidade Estadual e Instituto Politécnico da Virginia, nos EUA) apresentaram nesta quinta-feira (28) um robô que imita uma água-viva, funciona de forma autônoma e pesa cerca de 77 kg.

O protótipo, apelidado de Cyro, e foi construído como parte de um projeto de US$ 5 milhões financiado pelo governo dos Estados Unidos com o objetivo de monitoramento ambiental nos oceanos, estudo da vida marinha e das correntes marítimas, entre outras finalidades.

O robô Cyro é um modelo bem maior de uma pequena “água-viva robótica” apresentada em 2012 pela pela mesma equipe de pesquisadores. Conhecida como Robojelly, a máquina anterior possuía o tamanho de um punho, segundo os cientistas.

“Um equipamento maior vai durar por mais tempo e ter um alcance de operação maior”, afirmou o pesquisador Alex Villanueva, um dos envolvidos no projeto. A meta do programa é criar máquinas autônomas, que não dependam de fontes de energia, para pesquisas oceânicas.

Cyro foi construído com base na água-viva da espécie Cyanea capillata, segundo os cientistas. Seu nome é uma mistura do gênero Cyanea e da primeira sílaba da palavra “robô”. Por ser um protótipo, o aparelho está em fase de testes e precisa ser aperfeiçoado. Ele não deve ser usado nos mares enquanto não tiver melhorias, de acordo com os autores do estudo.

“Nós esperamos aperfeiçoar este robô, reduzir seu consumo de energia e aumentar sua capacidade de movimentação na água, assim como melhorar a ‘camuflagem’ de água-viva”, apontou Villanueva.

A “água-viva robótica” possui autonomia de meses, com sua bateria recarregável de níquel, dizem os cientistas. Além dos pesquisadores da Virginia Tech, diversas instituições tiveram participação no projeto, como a Universidade Stanford, a Universidade do Texas em Dallas e a Universidade da Califórnia em Los Angeles.

(Fonte: Ambiente Brasil - G1)

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cientistas gregos criam escala para medir intensidade de tsunamis

Cientistas da Universidade de Atenas elaboraram uma escala para medir a intensidade dos tsunamis, usando dados dos dois últimos desastres provocados por essas ondas gigantes na Indonésia e no Japão, informou nesta quarta-feira (27) a agência de notícias Athens News Agency (Ana).

A medição do novo instrumento, chamado Escala Integrada de Intensidade de Tsunami (Itis, na sigla em inglês), vai até 12 graus de magnitude e foi adotada pela Sociedade Sismológica dos Estados Unidos, órgão de referência na área, afirmou à AFP o sismólogo Efthymios Lekkas.

Para os cientistas gregos, os sistemas de medida anteriores eram muito antigos e defasados.

“São sistemas estabelecidos com base em elementos muito limitados, já que não foi computado nenhum tsunami durante 40 anos até 2004″, explicou Lekkas.

A escala Itis integra o conjunto de dados reunidos após os tsunamis gigantes de 2004, no Oceano Índico, e 2011, no Japão, ambos considerados de força 12 pelos pesquisadores gregos.

A equipe aplicou o novo modelo aos grandes tsunamis históricos, como o que devastou em 1640 a costa sul-oriental do Mar Mediterrâneo, após uma erupção vulcânica na ilha grega de Santorini, ou o que atingiu Portugal em 1755. Ambos tiveram magnitude 12, segundo o sismólogo.

Em março de 2011, um terremoto e um tsunami deixaram mais de 20 mil mortos e desaparecidos no nordeste do Japão, além de provocar uma catástrofe nuclear na usina de Fukushima.

(Fonte: Ambiente Brasil  /   G1)

segunda-feira, 25 de março de 2013

Navio do Greenpeace vai defender Grande Barreira de Corais, na Austrália

O grupo ambiental Greenpeace celebrou nesta sexta-feira (22) a chegada a Sydney do seu novo veleiro Rainbow Warrior, que será usado na luta pela preservação da Grande Barreira de Corais da Austrália.

Os recifes, uma atração turística que rende bilhões de dólares anuais, estão ameaçados pela dragagem, pela sedimentação e pelo desenvolvimento de um porto para o embarque de carvão nos arredores. A Unesco decidirá em junho se o local deve ser listado como um patrimônio universal ameaçado.

“Ter o Rainbow Warrior aqui na Austrália para confrontar o descontrolado setor de carvão sem dúvida dá um impulso a uma campanha da qual dezenas de milhares de australianos já participam”, disse David Ritter, executivo-chefe do Greenpeace australiano.

O navio de 850 toneladas tem dois mastros de 54 metros de altura em forma de A, o que permite que o ar passe por ali sem interrupções. Dessa forma, a embarcação pode navegar completamente sem o uso de combustíveis fósseis, desde que os ventos sejam favoráveis.

O Rainbow Warrior original foi bombardeado e naufragou em 1985 em um porto da Nova Zelândia.

Peter Willcox, que participou daquela tripulação como voluntário e é o capitão do novo Rainbow Warrior, disse que os ativistas não são contra a mineração, mas que “não se pode construir nove novos terminais de carvão em uma área de patrimônio universal e não experimentar um dano real”

Cerca de 400 tipos de coral, 240 espécies de aves e 1.500 espécies de peixe vivem nos 2.000 quilômetros de recifes da costa nordeste da Austrália.

(Fonte: AmbienteBrasil / Portal iG)

terça-feira, 19 de março de 2013

Plâncton dos mares pode absorver o dobro do CO2 previsto, diz estudo

Um estudo publicado pela revista “Nature Geoscience” neste domingo (17) estima que os micro-organismos que compõem o fitoplâncton nos oceanos em todo o mundo podem absorver até o dobro do carbono previamente calculado.

Os cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA, modificaram um princípio da ciência marinha conhecido como “proporção de Redfield”, que afirma que da superfície dos oceanos até as profundezas, o fitoplâncton e o material excretado por ele possuem quantidades proporcionais de nitrogênio, carbono e fósforo.

Ao estudar os mares, os pesquisadores encontraram diferentes quantidades das substâncias em uma série de regiões. O que conta para a variação da proporção, dizem os cientistas, é mais a latitude do que a profundidade.

Eles destacam, em particular, a presença de níveis muito altos de carbono em áreas quentes nos oceanos, próximas à linha do Equador.

O estudo sugere que o fitoplâncton nesta região estaria absorvendo mais dióxido de carbono. já que há falta de nutrientes na superfície da água. Em regiões polares, mais ricas em nutrientes, o carbono foi encotnrado em concentrações menores, apontam os cientistas.

Sete grandes expedições – Para fazer a análise, os cientistas fizeram sete grandes expedições para recolher água, em locais tão diferentes quanto o Atlântico Norte, próximo à Dinamarca; o mar próximo ao Estreito de Bering; e o oceano que banha ilhas caribenhas.

“O conceito de Redfield permanece um dogma central na biologia e na química dos oceanos. No entanto, nós demonstramos que a disposição e a proporção dos nutrientes na regiões de atuação do plâncton não são constantes”, disse Adam Martiny, professor de ciência e ecologia da Universidade da Califórnia, em Irvine, um dos autores da pesquisa.

“Nós mostramos, ao contrário, que o plâncton segue um padrão de latitude. Portanto, é preciso rever essa teoria central para a ciência dos mares.”, disse Martiny no estudo. Os pesquisadores sugerem que os modelos de cálculo da presença de dióxido de carbono nos oceanos também precisam ser revistos.

(Fonte: Ambientebrasil - Globo Natureza)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sensor na cabeça de elefantes-marinhos é usado em estudo do mar

Cientistas australianos acoplaram sensores na testa de elefantes-marinhos como uma maneira de estudar regiões remotas do oceano. O aparelho registra as características da água e do solo nos pontos pelos quais o animal passa, e os dados são enviados para os laboratórios em terra.

Os animais usados na pesquisa são nativos da Antártica e nadam profundamente no oceano. Segundo os especialistas, o elefante-marinho mergulha a profundidades de até 1,8 km para buscar comida. Colocar o aparelho na testa dos foi a melhor forma encontrada para estudar águas tão profundas, principalmente no inverno.

“Os elefantes-marinhos foram a uma região do mar que nenhum navio jamais alcançaria”, afirmou Guy Williams, do Centro Cooperativo de Pesquisas de Clima e Ecossistemas da Antártica, no estado australiano da Tasmânia.

Segundo os pesquisadores, as propriedades das águas do fundo do oceano na costa da Antártica evidenciam tendências no clima global para os anos seguintes. Eles acreditam que, com o estudo, seja possível prever melhor os efeitos da mudança climática.

(Fonte: Ambiente Brasil - G1)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Instituto nacional dos mares sai até o fim do 1º semestre, diz secretário

O projeto de criar no Brasil o primeiro centro nacional voltado à oceanografia deve sair do papel até o fim do primeiro semestre deste ano, de acordo com Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI).

O climatologista disse ao G1, na última semana, que a proposta, apresentada no ano passado, tramita atualmente por ministérios, como o da Casa Civil. “É uma questão de semanas ou de alguns meses. Já está na fase final”, disse.

O novo instituto dos mares deve receber investimento de R$ 150 milhões nos primeiros quatro anos, montante que será destinado à construção das novas instalações e também para operacionalização dos centros.

Nobre explica que o novo órgão de pesquisa – que funcionará de forma parecida com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe – terá sedes espalhadas pelo litoral brasileiro, mas sua sede principal ficará em Brasília. Ele não especificou quantas unidades seriam, nem quais cidades receberiam um dos centros.

“O Brasil ainda não tem um órgão nacional de pesquisas oceânicas, sendo que elas ficam concentradas apenas no sistema universitário. A intenção é que o centro coordene o que já é feito dentro das universidades”.

Apoio de navios – Com foco no Oceano Atlântico Sul, a nova instituição poderá contar com a atual frota de navios oceanográficos que são utilizados pela Marinha e por outras universidades.

Entre eles estão as duas embarcações que auxiliam as operações cientificas e militares do Brasil na Antártica – os navios Almirante Maximiano e Ary Rongel – além do Alpha Crucis, que entrou em operação no ano passado e foi adquirido por US$ 11 milhões em parceria da Universidade de São Paulo com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Pesquisas já desenvolvidas – O novo centro deverá concentrar diferentes áreas de investigação científica. Dados sobre o impacto da exploração do petróleo das camadas de pré-sal no oceano, por exemplo, deverão ser trabalhados por cientistas envolvidos com o novo órgão.

Além disso, também serão priorizadas informações sobre a perda de recifes de corais no país, um fenômeno que tem sido estudado e assusta os cientistas devido à sua velocidade.

De acordo com uma pesquisa, nos últimos 50 anos o país perdeu cerca de 80% desse ecossistema devido à extração e à poluição doméstica e industrial. O restante existente está ameaçado pelos efeitos das mudanças climáticas.

Outro foco importante será buscar mais detalhes sobre a meio-fauna, um ecossistema formado por organismos menores que um milímetro que vivem no ambiente marinho.

Impossíveis de serem vistos a olho nu e inofensivos a humanos, eles podem ser grandes colaboradores na manutenção da qualidade da água e na indicação de problemas ambientais, como a poluição de ambientes marinhos.

(Fonte: AmbienteBrasil - Globo Natureza)