terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Orcas se unem para matar baleias maiores no Ártico

As orcas, também chamadas de baleias assassinas, se unem em grupo para matar baleias maiores no Ártico, segundo uma pesquisa sobre hábitos alimentares da espécie, realizada pela Universidade de Manitoba, em Winnipeg, Canadá. A vítima é a baleia da Groelândia, que pode chegar a 20 metros de comprimento, mais que o dobro da orca.

Durante a caçada, espécimes de orca seguram nadadeiras e caudas da baleia da Groelândia e cobrem seu orifício de respiração. Enquanto isso, outras orcas mordem a baleia ou se colidem com ela para causar danos internos. Animais mortos, com marcas de mordidas e muito pouco comidos, são frequentemente encontrados por comunidades inuítes, os esquimós.

As baleias da Groelândia não são as únicas vítimas das orcas, um dos maiores predadores marinhos. O medo das baleias assassinas leva muitos mamíferos marinhos a se esconderem, buscando refúgio em águas rasas ou entre o gelo.

De acordo com a pesquisa canadense, o território de caçada das orcas poderia aumentar devido ao aquecimento global e o derretimento das geleiras, prejudicando seriamente o equilíbrio marinho.

Isso já estaria ocorrendo no Ártico, apontam os cientistas. As orcas, que antes apareciam apenas sazonalmente na região, começaram a colonizar algumas áreas, como a Baía de Hudson. Um dos motivos, segundo a pesquisa, seria a redução de áreas de mar congelado no verão.

Para realizar o estudo, os pesquisadores contaram com a colaboração dos inuítes. Eles relataram que as orcas que vivem no Ártico “comem tudo que elas conseguem pegar”, inclusive focas e baleias. No entanto, existem poucos indicativos de que elas comem peixe, ao contrário de animais da mesma espécie encontrados no Pacífico.

Fonte: Globo Natureza

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Limpeza dos oceanos poderia alavancar economia, diz ONU

Mares e costas mais limpos e melhor geridos ajudariam a impulsionar o crescimento econômico e a reduzir pobreza e poluição, diz um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgado nesta quarta-feira (25).

O relatório, produzido com outras organizações da ONU, destaca o enorme potencial de uma economia baseada nos recursos marítimos, cerca de cinco meses antes de os governos do mundo se reunirem para discutir caminhos para um desenvolvimento mais sustentável, durante o Rio+20.

Cerca de 40 % da população mundial vive a menos de 100 quilômetros da costa. Assim, os ecossistemas marinhos fornecem abrigo, comida e emprego para milhões de pessoas.

Mas a poluição causada por derramamentos de petróleo, fertilizantes, esgotos, resíduos e produtos químicos, bem como o excesso de pesca, prejudicam a saúde e a produtividade dos mares.

Essa tendência poderia ser reduzida através do uso dos oceanos para alavancar uma energia renovável e eco-turismo e da mudança para sistemas de transporte e práticas de pesca mais sustentáveis. As medidas também poderiam reduzir a vulnerabilidade a mudanças climáticas de ilhas na Ásia e no Caribe, diz o Pnuma.

“Intensificar os investimentos verdes em recursos marinhos e costeiros e reforçar a cooperação internacional na gestão destes ecossistemas transfronteiriços são essenciais para que uma transição para uma economia verde de baixo carbono e uso eficiente de recursos”, disse o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.

O relatório recomenda medidas chave para a fazer um uso mais sustentável dos mares. Elas incluem áreas como o turismo, pesca, transportes, poluição, energia renovável e mineração de águas profundas.

Limpeza – Fertilizantes, como nitrogênio e fósforo, têm contribuído para aumentar o rendimento agrícola, mas seu uso tem levado à degradação dos ecossistemas marinhos e de águas subterrâneas. A quantidade de nitrogênio nos oceanos aumentou três vezes a partir de níveis pré-industriais e pode crescer mais três vezes até 2050 se nenhuma ação for tomada.

A poluição marinha custa US$ 100 bilhões somente na União Europeia, de acordo com o relatório. Isso pode ser reduzido por uma regulação mais dura do uso de fertilizantes e através de subsídios para incentivar a reciclagem de nutrientes.

A economia mundial também poderia ganhar até US$ 50 bilhões por ano com a recuperação da populações de peixes e redução da pesca, de acordo com a Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação e o Banco Mundial.

(Fonte: G1)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Piscina de água doce se expande no Ártico, diz pesquisa

Uma enorme piscina de água doce no Oceano Ártico está se expandindo e pode baixar a temperatura da Europa, ao diminuir a velocidade da corrente oceânica, disseram cientistas britânicos neste no domingo.

Usando satélites para medir a altura da superfície do mar de 1995 a 2010, cientistas do University College of London e do National Oceanography Centre descobriram que a superfície oeste do Ártico subiu cerca de 15 centímetros desde 2002. O volume de água doce aumentou em pelo menos 8.000 quilômetros cúbicos, ou cerca de 10% de toda a água doce do Oceano Ártico.

O aumento pode ser devido aos fortes ventos do Ártico que fazem com que uma corrente oceânica chamada Giro Beaufort aumente, fazendo o nível do mar se elevar.

O Giro Beaufort é uma das correntes oceânicas menos compreendidas do planeta. Alguns cientistas acreditam que os ritmos naturais do Giro podem ser afetados pelo aquecimento global e isso pode trazer graves complicações para a circulação do oceano e no aumento dos níveis do mar.

Modelos climáticos sugerem que o vento soprando na superfície do mar formou uma cúpula no meio do Giro Beaufort, mas existem poucos estudos para confirmar isso.

De acordo com a pesquisa, se o vento mudar de direção, o que aconteceu entre meados da década de 1980 e meados da seguinte, a piscina de água doce poderá vazar para o resto do Oceano Ártico e até mesmo para o norte do Atlântico.

Isso poderá esfriar a Europa ao diminuir uma corrente oceânica vinda da Corrente do Golfo, que mantém o clima da Europa relativamente moderado, comparado a países com latitudes semelhantes.

“Nossas descobertas sugerem que uma inversão do vento poderá resultar na liberação dessa água doce para o resto do Oceano Ártico e além”, disse a principal autora do estudo publicado no Nature Geoscience Journal, Katharine Giles.

(Fonte: Portal iG)