quinta-feira, 28 de março de 2013

Cientistas gregos criam escala para medir intensidade de tsunamis

Cientistas da Universidade de Atenas elaboraram uma escala para medir a intensidade dos tsunamis, usando dados dos dois últimos desastres provocados por essas ondas gigantes na Indonésia e no Japão, informou nesta quarta-feira (27) a agência de notícias Athens News Agency (Ana).

A medição do novo instrumento, chamado Escala Integrada de Intensidade de Tsunami (Itis, na sigla em inglês), vai até 12 graus de magnitude e foi adotada pela Sociedade Sismológica dos Estados Unidos, órgão de referência na área, afirmou à AFP o sismólogo Efthymios Lekkas.

Para os cientistas gregos, os sistemas de medida anteriores eram muito antigos e defasados.

“São sistemas estabelecidos com base em elementos muito limitados, já que não foi computado nenhum tsunami durante 40 anos até 2004″, explicou Lekkas.

A escala Itis integra o conjunto de dados reunidos após os tsunamis gigantes de 2004, no Oceano Índico, e 2011, no Japão, ambos considerados de força 12 pelos pesquisadores gregos.

A equipe aplicou o novo modelo aos grandes tsunamis históricos, como o que devastou em 1640 a costa sul-oriental do Mar Mediterrâneo, após uma erupção vulcânica na ilha grega de Santorini, ou o que atingiu Portugal em 1755. Ambos tiveram magnitude 12, segundo o sismólogo.

Em março de 2011, um terremoto e um tsunami deixaram mais de 20 mil mortos e desaparecidos no nordeste do Japão, além de provocar uma catástrofe nuclear na usina de Fukushima.

(Fonte: Ambiente Brasil  /   G1)

segunda-feira, 25 de março de 2013

Navio do Greenpeace vai defender Grande Barreira de Corais, na Austrália

O grupo ambiental Greenpeace celebrou nesta sexta-feira (22) a chegada a Sydney do seu novo veleiro Rainbow Warrior, que será usado na luta pela preservação da Grande Barreira de Corais da Austrália.

Os recifes, uma atração turística que rende bilhões de dólares anuais, estão ameaçados pela dragagem, pela sedimentação e pelo desenvolvimento de um porto para o embarque de carvão nos arredores. A Unesco decidirá em junho se o local deve ser listado como um patrimônio universal ameaçado.

“Ter o Rainbow Warrior aqui na Austrália para confrontar o descontrolado setor de carvão sem dúvida dá um impulso a uma campanha da qual dezenas de milhares de australianos já participam”, disse David Ritter, executivo-chefe do Greenpeace australiano.

O navio de 850 toneladas tem dois mastros de 54 metros de altura em forma de A, o que permite que o ar passe por ali sem interrupções. Dessa forma, a embarcação pode navegar completamente sem o uso de combustíveis fósseis, desde que os ventos sejam favoráveis.

O Rainbow Warrior original foi bombardeado e naufragou em 1985 em um porto da Nova Zelândia.

Peter Willcox, que participou daquela tripulação como voluntário e é o capitão do novo Rainbow Warrior, disse que os ativistas não são contra a mineração, mas que “não se pode construir nove novos terminais de carvão em uma área de patrimônio universal e não experimentar um dano real”

Cerca de 400 tipos de coral, 240 espécies de aves e 1.500 espécies de peixe vivem nos 2.000 quilômetros de recifes da costa nordeste da Austrália.

(Fonte: AmbienteBrasil / Portal iG)

terça-feira, 19 de março de 2013

Plâncton dos mares pode absorver o dobro do CO2 previsto, diz estudo

Um estudo publicado pela revista “Nature Geoscience” neste domingo (17) estima que os micro-organismos que compõem o fitoplâncton nos oceanos em todo o mundo podem absorver até o dobro do carbono previamente calculado.

Os cientistas da Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA, modificaram um princípio da ciência marinha conhecido como “proporção de Redfield”, que afirma que da superfície dos oceanos até as profundezas, o fitoplâncton e o material excretado por ele possuem quantidades proporcionais de nitrogênio, carbono e fósforo.

Ao estudar os mares, os pesquisadores encontraram diferentes quantidades das substâncias em uma série de regiões. O que conta para a variação da proporção, dizem os cientistas, é mais a latitude do que a profundidade.

Eles destacam, em particular, a presença de níveis muito altos de carbono em áreas quentes nos oceanos, próximas à linha do Equador.

O estudo sugere que o fitoplâncton nesta região estaria absorvendo mais dióxido de carbono. já que há falta de nutrientes na superfície da água. Em regiões polares, mais ricas em nutrientes, o carbono foi encotnrado em concentrações menores, apontam os cientistas.

Sete grandes expedições – Para fazer a análise, os cientistas fizeram sete grandes expedições para recolher água, em locais tão diferentes quanto o Atlântico Norte, próximo à Dinamarca; o mar próximo ao Estreito de Bering; e o oceano que banha ilhas caribenhas.

“O conceito de Redfield permanece um dogma central na biologia e na química dos oceanos. No entanto, nós demonstramos que a disposição e a proporção dos nutrientes na regiões de atuação do plâncton não são constantes”, disse Adam Martiny, professor de ciência e ecologia da Universidade da Califórnia, em Irvine, um dos autores da pesquisa.

“Nós mostramos, ao contrário, que o plâncton segue um padrão de latitude. Portanto, é preciso rever essa teoria central para a ciência dos mares.”, disse Martiny no estudo. Os pesquisadores sugerem que os modelos de cálculo da presença de dióxido de carbono nos oceanos também precisam ser revistos.

(Fonte: Ambientebrasil - Globo Natureza)