quinta-feira, 15 de março de 2012

Barcos solares são projetados por jovens cientistas

O Rio de Janeiro será sede da mais importante conferência sobre desenvolvimento sustentável do planeta, e o site Cidade do Rio foi descobrir o que os cientístas cariocas tem feito no segmento da tecnologia sustentável.
Fomos ao centro tecnológico instalado na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, e encontramos jovens desenvolvendo tecnologia de ponta, um orgulho para nossa cidade e que tem se destacado até no exterior.
Em um hangar na ilha do Fundão, jovens estudantes de engenharia, e do TecNaval – Curso Técnico em Construçao Naval da UFRJ – curso fornecido pelo Pólo Náutico UFRJ; se juntaram para formar a “Equipe Solar Brasil UFRJ”.

http://cidadedorio.com/barcos-solares-sao-projetados-por-jovens-cientistas-cariocas/

segunda-feira, 12 de março de 2012

Corais podem se adaptar a mudanças climáticas, diz estudo

Espécies de corais do sudeste asiático podem ter se adaptado a um aquecimento das águas ocorrido em 1998, segundo pesquisa publicada na sexta-feira (9) no jornal científico “PLoS One”. Elas teriam resistido melhor a uma nova elevação de temperatura verificada em 2010, afirmam os pesquisadores.

“Isto é polêmico porque muitos cientistas acreditam que os corais exauriram suas capacidades de adaptação ao estresse térmico”, afirmou James Guest, pesquisador da Universidade Tecnológica de Nanyang, na Cingapura, em material de divulgação.

Na pesquisa, cientistas analisaram três pontos de corais, sendo um na Indonésia, um na Malásia e outro em Cingapura.

Na Indonésia, o aumento da temperatura do oceano em 2010 teria provocado a morte de 90% das colônias de coral de crescimento rápido. Isto é considerado uma consequência normal do aquecimento no desenvolvimento dos corais e tem levado cientistas a prever que as espécies de crescimento lento terão mais sucesso no futuro.

Mas em Cingapura e na Malásia o aquecimento teve um efeito contrário: corais de crescimento rápido se mantiveram saudáveis e pigmentados. Com base nisto, os pesquisadores avaliaram o histórico térmico destes dois locais e verificaram que eles tiveram uma elevação de temperatura anterior, em 1998. O mesmo não teria ocorrido na Indonésia.

“As populações de coral que calcificaram durante o último grande aquecimento, em 1998, se adaptaram ou se aclimatizaram ao estresse climático”, disse Guest.

No entanto, a descoberta não significa que as ameaças do aquecimento global para os corais diminuíram, alerta o pesquisador. Segundo ele, deve haver um limite para a adaptação térmica. Além disso, uma elevação de temperatura poderia impactar a saúde reprodutiva e o crescimento dos corais.

(Fonte: Globo Natureza)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Ilhas de São Pedro e São Paulo são ‘fast-food’ para tubarões-baleia

Um dos projetos científicos desenvolvidos no arquipélago de São Pedro e São Paulo é a observação de exemplares de tubarão-baleia (Rhincodon typus), uma espécie rara e ameaçada de extinção, segundo a lista vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Desde 1998, quando a estação científica foi inaugurada, estudiosos do Departamento de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) passaram a registrar a presença desses animais, que podem medir entre dois metros e 17 metros, por meio do “Projeto Tubarão-baleia”, conduzido pelos cientistas Fábio Hazim e Bruno Macena. A partir de 2008, esses animais passaram a ser monitorados com a ajuda de satélites.

Para isso, rastreadores foram implantados em ao menos dez exemplares, que vão contribuir no mapeamento da espécie na costa brasileira, além de identificar áreas importantes no ciclo de vida de tubarões-baleia jovens e adultos.

“A presença do tubarão-baleia no arquipélago indica que a espécie utiliza a região como parte de sua rota migratória, local de descanso e, possivelmente, de alimentação. Para manter as ilhas na rota desses peixes, são necessários esforços de conservação em todo o Oceano Atlântico, em razão do seu hábito de migrar por longas distâncias, adentrando diferentes jurisdições geopolíticas”, disse Bruno Macena.

Ainda segundo o pesquisador, esta migração ocorre devido às diferentes fases do seu ciclo de vida, resultante de sua busca por locais adequados para reprodução ou condições ambientais favoráveis para o seu desenvolvimento.

Cardápio rico – O tubarão-baleia se alimenta principalmente de zooplâncton, mas ovos e larvas de peixes e invertebrados, além de lulas, também fazem parte de sua dieta. Tudo isso é encontrado em abundância nesta região brasileira, afirmam os pesquisadores. Tanto que em São Pedro e São Paulo já foram registrados 150 espécimes desde o ano 2000, dos quais dez foram identificados por fotos.

“Pouco sabemos sobre a reprodução da espécie, em particular sobre os locais de parto e berçário. A presença de fêmeas grávidas na área do arquipélago torna a região estrategicamente importante para o estudo dos movimentos migratórios da espécie, a partir do rastreamento via satélite”, complementa Macena.

Ainda segundo ele, essas informações devem gerar dados para subsidiar a criação de um plano de manejo adequado para a conservação da espécie no Oceano Atlântico.

(Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)